Uma jovem de 25 anos que perdeu o celular numa balada e, devido às
fotos picantes guardadas no aparelho, passou a receber propostas e se
tornou garota de programa, virou a celebridade instantânea de Campo
Grande (MS) que foi de um extremo ao outro de forma muito rápida.
Filha de uma professora evangélica, Dulci Paina é comerciante, e só
se tornou garota de programa depois que suas fotos íntimas tornaram-se
viral no aplicativo Whatsapp. Como as imagens sensuais percorreram
milhares de aparelhos dos usuários do serviço em todo o Brasil, Dulci
não resistiu às propostas de sair com homens cobrando em média, R$ 300.
Porém, mesmo amealhando até R$ 20 mil por mês, diz ter ouvido o
chamado de Deus para abandonar a prostituição da boca de um cliente:
“Ele disse que era para eu ver como eu era bonita e que não era aquela
vida que Deus queria pra mim”, afirmou a jovem em entrevista ao site
Campo Grande News.
Segundo Dulci, sua intenção era parar de fazer programas em dezembro
deste ano, e começar uma vida nova em 2014. Porém, o desejo de ter paz
no coração foi mais forte, e a interrupção da carreira como garota de
programa aconteceu da mesma forma que começou: de uma hora para outra.
“Ganhar muito dinheiro, ser reconhecida na balada, tudo isso
massageia o ego. Não é coisa fácil de abandonar, mas sou determinada e
vou conseguir [...] Não deixei a profissão por preconceito. Adorava o
que fazia. Era eu que escolhia com quem iria sair, eles me tratavam como
princesa e ainda ganhava muito dinheiro. Mas Deus me chamou. Entendi
que o que as pessoas precisam não é de sexo e sim de amor”, disse a
jovem.
No auge da fama repentina, Dulce chegou a receber 100 ligações
diárias e 8 mil mensagens no Whatsapp: “Teve um cara que me ofereceu R$
15 mil por uma noite”, revela a jovem.
Determinada a mudar de vida, passou a frequentar cultos na igreja
Sara Nossa Terra, e arrumou um namorado. Mas, precisou desistir do
relacionamento: “Estava ficando com um guri há dois meses e perguntei se
ele ficaria comigo sem sexo. Ele disse que não. Tive de abrir mão dele
por causa disso [...] Sexo antes do casamento é pecado, não é do agrado
de Deus. Não foi eu que coloquei isso, foi Deus, então vou respeitar”,
diz a jovem.
Dulci diz que vai tentar tocar a vida sem trocar de contato,
esperando que as pessoas respeitem sua nova opção: “Eu não quero trocar o
meu celular, por que tenho esse número desde que cheguei em Campo
Grande, mas vou ter de fazer isso se não pararem de me ligar. Quero
seguir minha vida”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+