Criticada após ser “crucificada” durante
a 19ª Parada Gay, a atriz e transexual Viviany Beleboni entrou na
Justiça de São Paulo com processo contra o Facebook para obrigar a rede
social a identificar usuários que, após o desfile, publicaram montagens
de fotos dela em meio a imagens de sexo explícito. Ela também abriu sete
processos em que reivindica indenização por danos morais no valor total
de R$ 800 mil. Porém, já perdeu um contra o senador Magno Malta
(PR-ES).
‘Lambada’ da justiça
Na ação contra Malta, o juiz Marcos
Roberto de Souza Bernicchi indeferiu o pedido antecipando a decisão.
“Claramente o objetivo da pessoa que se dispõe a se postar em uma cruz
em uma manifestação popular é de chamar a atenção por meio [de] atitude
controversa e chocante. E o objetivo da artista foi alcançado, já que o
choque gerou a controvérsia. Não poderia a autora esperar reação outra
que não fosse a intolerância de quem assumiu o risco de ofender”, disse o
juiz, no despacho.
“As manifestações do réu, que constam da
petição inicial, não foram exacerbadas contra a autora, já que não
atingiram sua pessoa e sim o ato por ela praticado. O conteúdo das
críticas manifestadas pelo réu tem cunho político e social, que são
inerentes ao cargos que exerce, e, repita-se, em nenhum momento
voltou-se contra a pessoa da autora. Indefiro, pois, a tutela
requerida”, afirmou.
O senador Magno Malta afirmou, por meio
de sua assessoria, que recebeu com naturalidade a informação sobre a
ação judicial por entender que é direito de Beleboni entrar na Justiça,
assim como também é direito dele, senador, falar.
O senador acrescentou que não retira
nenhum ponto do que falou e que entrou com uma queixa-crime na
Procuradoria Geral da República contra a transexual por crime de
vilipêndio, escárnio e intolerância religiosa.
Fonte: Verdade Gospel