
“Em um dos interrogatórios, eles me espancaram com muita força”, disse, referindo-se ao dia em que terminou com uma hemorragia estomacal. A tortura física era acompanhada também de pressão psicológica, pois os carrascos diziam que ele seria espancado até a morte, e se sobrevivesse, quando fosse liberado ainda seria acompanhado de perto pela polícia.
Questionado sobre os motivos que o levaram a ser preso no Irã, Abedini reiterou que não haviam razões além de sua fé e seu trabalho social/missionário no país. Mesmo agora, o governo sustenta que o pastor estaria usando “o cristianismo para tentar prejudicar a nação do Irã” através de espionagem para os Estados Unidos.
Revelando detalhes dos anos na prisão, Abedini frisou que a forma que encontrou para fazer o tempo passar foi orar, já que os guardas não permitiam seu acesso a livros ou qualquer outra coisa que o mantivesse entretido. “A cada dia, por horas e horas, às vezes mais de 20 horas, só orava. A melhor coisa que eu podia fazer ali era orar”, revelou.
O pastor atualmente está em uma instalação da Associação Evangelística Billy Graham, que é considerado uma espécie de retiro, onde está se readaptando à vida em liberdade, na companhia dos familiares, e com todo apoio necessário.
A repórter que entrevistou o pastor, Greta Van Susteren, afirmou que nos próximos dias irá apresentar novos trechos da conversa, onde Abedini revelará maiores detalhes de sua prisão.